sábado, fevereiro 28, 2009
Que tal estudar antes ?
O festival de bobagens continua nessa crise. Agora resolveram colocar a culpa no modelo de precificação que usa cópulas gaussianas como o responsável por toda a crise, como nesse artigo da Wired. Que algum jornalista sem formação matemática propague esse tipo de afirmação, ok. Mas pessoas com o mínimo de formação básica em estatística ou econometria, é difícil de aceitar.
Cópulas são uma forma de representar uma distribuição conjunta como uma decomposição das distribuições marginais e da função de dependência. A grande vantagem é que é possível gerar distribuições conjuntas analiticamente mais flexíveis, como por exemplo unindo uma marginal student-t, uma marginal hiperbólica e dizer qual a relação entre elas (mais especificamente qual a função de dependência entre os quantiles de cada distribuição marginal, que é a chamada função de cópula).
A metodologia de precificação de Li, citada no artigo, usa uma cópula Gaussiana para modelar a estrutura de dependência entre os possíveis defaults. Uma cópula Gaussiana especifica esta função de dependência como sendo uma função linear. Como eu já havia comentado antes, e muitas pessoas também, esta é uma deficiência do modelo, já que em algumas situações a função de dependência mais adequada seria uma função não-linear que aumentasse a dependência nos quantiles de perdas extremas. Isto é possível de ser feito, mas as cópulas analíticas existentes com estas propriedades não podem ser utilizadas para um número elevado de ativos, ou então possuem pouca flexibilidade (em geral são caracterizadas por um número restrito de parâmetros). Uma vantagem da cópula gaussiana é que além de ser analiticamente tratável, ela permite especificar a dependência entre cada par de ativos com um parâmetro. Resumindo , em uma cópula Gaussiana os parâmetros são dados pela matriz de correlação linear.
Uma aproximação linear é sempre adequada ? Não, em algumas situações não. Minha opinião é que o problema de precificação estava mais em uma mudança de regime, mudando de um regime com uma estrutura mais simples de dependência para um regime com probabilidades de default maiores determinadas pela situação geral de preços de ativos, uma mudança de regime (um caso de múltiplos equilíbrios) piorada pela quebra do Lehman Brothers. Neste caso, mesmo que fosse usada uma estrutura com uma cópula mais flexível, provavelmente não seria adequada também. O problema é que estes modelos são formas reduzidas, e não contém nenhum parâmetro estrutural ligado a uma situação geral da economia ou demais fatores que afetem o preço. Continuo enfatizando que o modelo não era adequado, mas nenhum modelo é adequado para todas as situações. Modelos são ferramentas úteis, não representações da realidade.
Meu ponto é que alguns destes críticos de modelos com cópula Gaussiana não perceberam que a esta cópula significa dependência linear. Se você está utilizando em sua pesquisa qualquer forma de modelo linear, como regressões lineares, vetores autoregressivos, modelos lineares generalizados, variáveis instrumentais, etc, você está supondo que uma dependência linear é adequada. Sempre é ? claramente que não, mas em muitas situações (a maioria para econometristas ou economistas empíricos) ela é uma representação suficientemente boa. A não ser que você seja um analista completamente não-paramétrico ( e olhe lá, já que em muitos modelos não paramétricos são utilizadas representações lineares locais) você está confiando em uma dependência linear.
É engraçado que muitas das críticas são de pesquisadores que utilizam modelos teóricos determinísticos, ou seja, sem nenhum elemento de aleatoriedade (quem em algumas situações são uma simplificação adequada). Então, cuidado com as críticas. Modelos são ferramentas de suporte a decisão, mas a decisão é do analista (que tem que avaliar a loss function adequada no problema de precificação e a influência da especificação utilizada) e não do modelo.
Cópulas são uma forma de representar uma distribuição conjunta como uma decomposição das distribuições marginais e da função de dependência. A grande vantagem é que é possível gerar distribuições conjuntas analiticamente mais flexíveis, como por exemplo unindo uma marginal student-t, uma marginal hiperbólica e dizer qual a relação entre elas (mais especificamente qual a função de dependência entre os quantiles de cada distribuição marginal, que é a chamada função de cópula).
A metodologia de precificação de Li, citada no artigo, usa uma cópula Gaussiana para modelar a estrutura de dependência entre os possíveis defaults. Uma cópula Gaussiana especifica esta função de dependência como sendo uma função linear. Como eu já havia comentado antes, e muitas pessoas também, esta é uma deficiência do modelo, já que em algumas situações a função de dependência mais adequada seria uma função não-linear que aumentasse a dependência nos quantiles de perdas extremas. Isto é possível de ser feito, mas as cópulas analíticas existentes com estas propriedades não podem ser utilizadas para um número elevado de ativos, ou então possuem pouca flexibilidade (em geral são caracterizadas por um número restrito de parâmetros). Uma vantagem da cópula gaussiana é que além de ser analiticamente tratável, ela permite especificar a dependência entre cada par de ativos com um parâmetro. Resumindo , em uma cópula Gaussiana os parâmetros são dados pela matriz de correlação linear.
Uma aproximação linear é sempre adequada ? Não, em algumas situações não. Minha opinião é que o problema de precificação estava mais em uma mudança de regime, mudando de um regime com uma estrutura mais simples de dependência para um regime com probabilidades de default maiores determinadas pela situação geral de preços de ativos, uma mudança de regime (um caso de múltiplos equilíbrios) piorada pela quebra do Lehman Brothers. Neste caso, mesmo que fosse usada uma estrutura com uma cópula mais flexível, provavelmente não seria adequada também. O problema é que estes modelos são formas reduzidas, e não contém nenhum parâmetro estrutural ligado a uma situação geral da economia ou demais fatores que afetem o preço. Continuo enfatizando que o modelo não era adequado, mas nenhum modelo é adequado para todas as situações. Modelos são ferramentas úteis, não representações da realidade.
Meu ponto é que alguns destes críticos de modelos com cópula Gaussiana não perceberam que a esta cópula significa dependência linear. Se você está utilizando em sua pesquisa qualquer forma de modelo linear, como regressões lineares, vetores autoregressivos, modelos lineares generalizados, variáveis instrumentais, etc, você está supondo que uma dependência linear é adequada. Sempre é ? claramente que não, mas em muitas situações (a maioria para econometristas ou economistas empíricos) ela é uma representação suficientemente boa. A não ser que você seja um analista completamente não-paramétrico ( e olhe lá, já que em muitos modelos não paramétricos são utilizadas representações lineares locais) você está confiando em uma dependência linear.
É engraçado que muitas das críticas são de pesquisadores que utilizam modelos teóricos determinísticos, ou seja, sem nenhum elemento de aleatoriedade (quem em algumas situações são uma simplificação adequada). Então, cuidado com as críticas. Modelos são ferramentas de suporte a decisão, mas a decisão é do analista (que tem que avaliar a loss function adequada no problema de precificação e a influência da especificação utilizada) e não do modelo.
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Anticipating Correlations
E também como prometido li o Anticipating Correlations. O livro é interessante como um compêndio sobre a estimação de modelos de Dynamic Conditional Correlation, com a discussão de várias aplicações empíricas e sobre algumas partes mais técnicas da estimação do modelo, como o chamado MacGyver Method, que usa correlações bivariadas para reduzir a dimensão na estimação de um modelo multivariado.
Não é um livro introdutório sobre modelos de volatilidade multivariada. Neste caso o capítulo 13 do Modeling Financial Time Series with S-PLUS, Zivot and Wang é recomendando como leitura prévia.
Não é um livro introdutório sobre modelos de volatilidade multivariada. Neste caso o capítulo 13 do Modeling Financial Time Series with S-PLUS, Zivot and Wang é recomendando como leitura prévia.
Mostly Harmless Econometrics
Como prometido, li o Mostly Harmless Econometrics até o sábado. Resumindo é um livro obrigatório para todos aqueles que trabalham com microeconometria e labour economics (e olha que estas não são minhas áreas de pesquisa). Mas é um livro que só atinge seu potencial se você já estudou os temas discutidos e principalmente se realiza pesquisa nestas áreas.
O grande mérito do livro é discutir e desmistificar algumas técnicas utilizadas, como estimadores de variáveis instrumentais e matching. A discussão sobre a equivalência entre métodos de regressão e outros estimadores (como estimadores de matching e estimadores de wald) é particularmente interessante. Outros temas bastante interessante são os capítulos sobre viés de estimadores de 2SLS e IV e a construção de desvios-padrão.
Mas não é um livro de econometrics for dummies, como pode parecer a primeira vista. Embora ele evite longas demonstrações, o livro é direcionado para quem já possui uma compreensão básica (eu diria intermediária no mínimo) sobre as técnicas utilizadas, e algumas comparações exigem uma intuição bastante afiada do leitor.
Os autores criaram uma webpage do livro:
http://www.mostlyharmlesseconometrics.com/
e lá tem até camisetas do livro para venda. Bastante incomum mesmo.
O grande mérito do livro é discutir e desmistificar algumas técnicas utilizadas, como estimadores de variáveis instrumentais e matching. A discussão sobre a equivalência entre métodos de regressão e outros estimadores (como estimadores de matching e estimadores de wald) é particularmente interessante. Outros temas bastante interessante são os capítulos sobre viés de estimadores de 2SLS e IV e a construção de desvios-padrão.
Mas não é um livro de econometrics for dummies, como pode parecer a primeira vista. Embora ele evite longas demonstrações, o livro é direcionado para quem já possui uma compreensão básica (eu diria intermediária no mínimo) sobre as técnicas utilizadas, e algumas comparações exigem uma intuição bastante afiada do leitor.
Os autores criaram uma webpage do livro:
http://www.mostlyharmlesseconometrics.com/
e lá tem até camisetas do livro para venda. Bastante incomum mesmo.
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
Livros de Graduação em Economia
Minha prima foi aprovada para o vestibular em Economia Empresarial e Controladoria, que é oferecido pela FEA-RP. Além dos merecidos parabéns a ela, achei esta opção de curso extremante interessante. O curso oferece uma graduação dupla em Economia e Contábeis, o que é muito interessante em termos de colocação no mercado de trabalho. Acho muito mais efetiva que uma dupla titulação em Economia e Administração por exemplo. E também sinceramente achei a grade do curso e os professores superiores ao curso de Economia da FEA em São Paulo.
Fui ver aqui na minha coleção quais livros poderiam ser úteis para ela neste início de graduação. Claro que minha lista não estava muito atualizada. Os livros que achei mais úteis foram o Economics, do Stiglitz; Macroeconomia do Dornbush, o de Macroeconomia do Sachs e Larrain; Matemática para Economistas, Chiang; International Economics, Obstfeld e Krugman; Microeconomia , Pindick e Rubenfeld. Acho que foram estes.
Dando uma olhada rápida, reforçou a minha impressão que a graduação em Economia é extremamente leve na sua abordagem, e em quase todos os livros o objetivo é apenas passar uma intuição dos resultados, sem uma profundidade analítica adequada para uma formação básica. Esta é uma crítica aos livros usados na minha graduação, mas acho que não seja muito melhor no resto não. Compare com uma formação em engenharia por exemplo, aonde o objetivo é resolver problemas reais e não apenas dar uma intuição ao engenheiro.
Fui ver aqui na minha coleção quais livros poderiam ser úteis para ela neste início de graduação. Claro que minha lista não estava muito atualizada. Os livros que achei mais úteis foram o Economics, do Stiglitz; Macroeconomia do Dornbush, o de Macroeconomia do Sachs e Larrain; Matemática para Economistas, Chiang; International Economics, Obstfeld e Krugman; Microeconomia , Pindick e Rubenfeld. Acho que foram estes.
Dando uma olhada rápida, reforçou a minha impressão que a graduação em Economia é extremamente leve na sua abordagem, e em quase todos os livros o objetivo é apenas passar uma intuição dos resultados, sem uma profundidade analítica adequada para uma formação básica. Esta é uma crítica aos livros usados na minha graduação, mas acho que não seja muito melhor no resto não. Compare com uma formação em engenharia por exemplo, aonde o objetivo é resolver problemas reais e não apenas dar uma intuição ao engenheiro.
sábado, fevereiro 21, 2009
Nova leva
Bom, ainda bem que li todos os artigos que eu trouxe no ônibus. Os livros que chegaram (abaixo) são tentadores. Acho que eu leio o Mostly Harmless e Anticipating Correlations até sábado.
Novas Aquisições - A Econometria conhece Douglas Adams
Mostly Harmless Econometrics. An Empiricist's Companion. Joshua Angrist and Jörn-Steffen Pischke.
Um livro de econometria inspirado pelas obras de Douglas Adams. Muito divertido, mas além de tudo extremante relevante. A série de metodologias abordadas (IV, Two-Sample IV, matching, propensity score, regression discontinuity, quantile regression IV) e uma discussão sobre um tema bastante ignorado, que é o cálculo de standard errors em situações fora do padrão, já valem o livro. A maioria dos seminários que eu assisto de econometria aplicada sempre tem problemas com cálculo de desvios-padrões. E além de tudo uma visão crítica sobre a interpretação de resultados empíricos.
Um dos melhores livros sobre métodos empíricos lançado nos últimos anos. E com a citação final:
"If applied econometrics were easy, theorists would do it."
Novas Aquisições - Arch e além
Anticipating Correlations. Robert F. Engle.
A família de modelos ARCH, criadas pelo Robert Engle é sem dúvida o modelo mais importante em econometria de finanças. Este livro trata da família de modelos Dynamic Conditional Correlation. Modelagem de dependência entre ativos é um tema fundamental em finanças, e o modelo DCC é até o agora o modelo mais prático de modelagem de dependência, embora com muitas limitações.
E livro tem um capítulo com o nome - The MacGyver Method. Eu teria que comprar par ler. (Bom, se trata de uma gambiarra para concentrar a verossimilhança).
Novas Aquisições - Information, Learning and Microstructure
Information and Learning in Markets - The Impact of Market Microstructure. Xavier Vives.
Este foi comprado com um objetivo específico - uma referência completa de modelos teóricos de microestrutura de mercado, não somente para mercados financeiros.
A outra referência, o livro da O'Hara, já é um bocado antigo, e existem muitas referências importantes introduzidas recentemente.
Este foi comprado com um objetivo específico - uma referência completa de modelos teóricos de microestrutura de mercado, não somente para mercados financeiros.
A outra referência, o livro da O'Hara, já é um bocado antigo, e existem muitas referências importantes introduzidas recentemente.
Crise?
Acho que nunca vi tanta gente indo viajar como nesse feriado. São Paulo poderia ser usada para a continuação de Eu Sou a Lenda. Resumindo, o paraíso (Paraíso e Jardim Paulista, os melhores lugares aonde morei/moro).
Estou viajando também, e me arrependendo já.
Estou viajando também, e me arrependendo já.
Carnaval
Carnaval, época de vergonha coletiva.
O plano é tentar ler uma série de artigos para verificar se algumas idéias que eu tenho podem ser implementadas. Estimações estão prontas, mas falta uma base teórica.
O plano é tentar ler uma série de artigos para verificar se algumas idéias que eu tenho podem ser implementadas. Estimações estão prontas, mas falta uma base teórica.
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Mini-Cursos ESTE
Divulgados os mini-cursos da Escola de Séries Temporais deste ano. Os dois são excelentes, com conferencistas estão entre principais expoentes de cada área. Já vale o congresso.
MC1: " Wavelets in Functional Data Analysis."
Aluísio Pinheiro
Departamento de Estatística
Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica
Universidade Estadual de Campinas
Brani Vidakovic
The Wallace H. Coulter Department of Biomedical Engineering
Georgia Institute of Technology
Course Description
The main purpose of this short course is to present the basic ideas of statistical analysis of functional data. Real data sets from econometric, biomedical, and engineering studies as well as other areas will be amply used as motivation for the aforementioned methodology. We will explain several paradigms to the analysis of functional data and some of their main results. The course will, however, be focused in wavelet-based methods for which theoretical as well as general computational aspects will be discussed. Chapter 1 presents examples of why functional data models are statistically relevant. Kernel, orthogonal basis and differential equation approaches are introduced in a basic level setup. In Chapter 2, the concept of wavelets and their natural representation of smooth functions are discussed. Emphasis is given to the practical relevance of minimax optimality via shrinkage estimation. Chapters 3, 4, and 5 focus to the application and adaptation of general kernel and wavelet-based solutions to functional data, respectively. In particular, a thorough discussion of the present state of the art in functional data analysis via wavelets is given.
MC2: " Modelos de espaço de estados: abordagens clássica e Bayesiana "
Autores
Glaura C. Franco (UFMG), Dani Gamerman (UFRJ) e Thiago R. Santos (UFMG)
Resumo
Os modelos de espaços de estados (MEE) vêm sendo cada vez mais utilizados para modelagem e previsão em séries temporais. Esse avanço se deu notadamente após o lançamento dos livros de Harvey (1989) e West and Harrison (1997), onde a teoria de MEE foi exaustivamente descrita. Este tipo de modelo supõe que os movimentos característicos de uma série temporal , podem ser decompostos em componentes não-observáveis, como por exemplo, tendência, sazonalidade, componente cíclica, componente aleatório ou erro, entre outros. A vantagem deste procedimento é que os componentes têm uma interpretação direta, devido à maneira pela qual o modelo é construído. Os modelos estruturais são geralmente escritos na forma de espaço de estados, para possibilitar o uso do filtro de Kalman como ferramenta básica para a estimação e previsão. Inferências sobre os parâmetros do modelo podem ser feitas tanto utilizando métodos clássicos quanto Bayesianos, e a comparação entre estes procedimentos é o tema principal deste mini curso.
MC1: " Wavelets in Functional Data Analysis."
Aluísio Pinheiro
Departamento de Estatística
Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica
Universidade Estadual de Campinas
Brani Vidakovic
The Wallace H. Coulter Department of Biomedical Engineering
Georgia Institute of Technology
Course Description
The main purpose of this short course is to present the basic ideas of statistical analysis of functional data. Real data sets from econometric, biomedical, and engineering studies as well as other areas will be amply used as motivation for the aforementioned methodology. We will explain several paradigms to the analysis of functional data and some of their main results. The course will, however, be focused in wavelet-based methods for which theoretical as well as general computational aspects will be discussed. Chapter 1 presents examples of why functional data models are statistically relevant. Kernel, orthogonal basis and differential equation approaches are introduced in a basic level setup. In Chapter 2, the concept of wavelets and their natural representation of smooth functions are discussed. Emphasis is given to the practical relevance of minimax optimality via shrinkage estimation. Chapters 3, 4, and 5 focus to the application and adaptation of general kernel and wavelet-based solutions to functional data, respectively. In particular, a thorough discussion of the present state of the art in functional data analysis via wavelets is given.
MC2: " Modelos de espaço de estados: abordagens clássica e Bayesiana "
Autores
Glaura C. Franco (UFMG), Dani Gamerman (UFRJ) e Thiago R. Santos (UFMG)
Resumo
Os modelos de espaços de estados (MEE) vêm sendo cada vez mais utilizados para modelagem e previsão em séries temporais. Esse avanço se deu notadamente após o lançamento dos livros de Harvey (1989) e West and Harrison (1997), onde a teoria de MEE foi exaustivamente descrita. Este tipo de modelo supõe que os movimentos característicos de uma série temporal , podem ser decompostos em componentes não-observáveis, como por exemplo, tendência, sazonalidade, componente cíclica, componente aleatório ou erro, entre outros. A vantagem deste procedimento é que os componentes têm uma interpretação direta, devido à maneira pela qual o modelo é construído. Os modelos estruturais são geralmente escritos na forma de espaço de estados, para possibilitar o uso do filtro de Kalman como ferramenta básica para a estimação e previsão. Inferências sobre os parâmetros do modelo podem ser feitas tanto utilizando métodos clássicos quanto Bayesianos, e a comparação entre estes procedimentos é o tema principal deste mini curso.
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
terça-feira, fevereiro 17, 2009
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Leitura do Dia - Empirical Likelihood Estimators for Stochastic Discount Factors
Empirical Likelihood Estimators for Stochastic Discount Factors
Caio Almeida
Getulio Vargas Foundation
René Garcia
Edhec Business School
December 23, 2008
Abstract:
Hansen and Jagannathan (HJ, 1991) provided bounds on the volatility of Stochastic Discount Factors (SDF) that proved extremely useful to diagnose and test asset pricing models. This nonparametric bound reflects a duality between the mean-standard deviation frontier for SDFs and the mean-variance frontier for portfolios of asset returns. We extend this fundamental contribution by proposing information bounds that minimize general convex functions of SDFs directly taking into account higher moments of returns. These Minimum Discrepancy bounds reflect a duality with finding the optimal portfolio of asset returns with a general HARA utility function. The maximum utility portfolio implies SDF estimators that are based on implied probabilities associated with the class of Generalized Empirical Likelihood estimators. We analyze the implications of these information bounds for the pricing of size portfolios and the performance evaluation of hedge funds.
Keywords: Stochastic Discount Factor, Information-Theoretic Bounds, Generalized Minimum Contrast Estimators, Implicit Utility Maximizing Weights
JEL Classifications: C1, C5, G1
Working Paper Series
A pessoa que eu mais admiro no campo de finanças aqui no Brasil é o Caio Ibsen. Um belíssimo trabalho, interessante, avançado e muito útil. Trabalho que provavelmente deve abrir uma nova área de pesquisa, que é a maior distinção que um artigo acadêmico pode ter.
domingo, fevereiro 15, 2009
Trabalhando
A qualificação da tese é quarta agora. Até agora estraram 6 artigos compondo a tese. Desses um já foi publicado e dois estão esperando resultado após resubmissão, e outro está no primeiro round de submissão. Os outros dois, como os demais, já foram apresentados em congressos, mas podem ser melhorados.
Eu havia colocado no projeto algumas extensões que pretendia fazer em um dos artigos. Nessa ultima semana comecei a implementar, e agora finalizei todas as estimações. Inclusive já estimei os modelos de benchmark que já existiam na literatura. Ainda não finalizei as comparações, mas os resultados parecem interessantes, e obtive alguns resultados que confirmam algumas técnicas que são utilizados de forma ad hoc. Ainda não escrevi nada, mas parece que promete.
Eu havia colocado no projeto algumas extensões que pretendia fazer em um dos artigos. Nessa ultima semana comecei a implementar, e agora finalizei todas as estimações. Inclusive já estimei os modelos de benchmark que já existiam na literatura. Ainda não finalizei as comparações, mas os resultados parecem interessantes, e obtive alguns resultados que confirmam algumas técnicas que são utilizados de forma ad hoc. Ainda não escrevi nada, mas parece que promete.
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Sobre teorias e erros
Um ponto relacionado ao comentário abaixo. Eu estava lendo um texto do Terence Tao sobre como realizar pesquisa em matemática, e um ponto que ele colocava era que matemáticos não deviam ter medo de errar, já que erros faziam parte do desenvolvimento da teoria. Em muitos casos um erro só é descoberto com a evolução da teoria.
O exemplo que ele deu é o mais interessante do texto. Quando começou a se organizar uma coleção com a obra completa de David Hilbert, um dos matemáticos mais importantes de todos os tempos, se percebeu que os textos originais continham muitos erros. E na organização destes textos foi necessário contratar um matemático profissional para revisar o material original.
E isto não diminui de forma alguma a monumental importância de David Hilbert para a matemática moderna. Apenas mostra que a teoria pode evoluir de forma irrestrita neste período. Isto é fazer ciência.
O exemplo que ele deu é o mais interessante do texto. Quando começou a se organizar uma coleção com a obra completa de David Hilbert, um dos matemáticos mais importantes de todos os tempos, se percebeu que os textos originais continham muitos erros. E na organização destes textos foi necessário contratar um matemático profissional para revisar o material original.
E isto não diminui de forma alguma a monumental importância de David Hilbert para a matemática moderna. Apenas mostra que a teoria pode evoluir de forma irrestrita neste período. Isto é fazer ciência.
Economia e religião
Vi que o Shikida se envolveu em um debate daqueles. Fez um comentário sobre uma frase de Mises, que na minha opinião não tinha a conotação ou o objetivo que o Shikida tentou explorar. Creio que o Shikida quis discutir era o uso de justificativas para o uso da violência, em nome da liberdade, ou no outro extremo, em nome da coletividade, ou o que seja.
É claro que a visão austríaca/libertária nesse aspecto é completamente oposta a visão comunista que a violência, a luta de classes e o totalitarismo são meios válidos, e muito dos comentários que ele recebeu eram sobre isso. Mas como sempre houveram os comentários raivosos.
O grande problema, na minha visão, da teoria Austríaca é que seus seguidores acreditam que ela é capaz de explicar cada situação econômica, política e social possível. Isso seguindo textos escritos no século passado, por autores "sagrados". E não por acaso esta é a mesma visão que os Marxistas tem da obra de Marx. Sempre existe uma leitura perpicaz capaz de encontrar uma explicação para todos os problemas.
O problema é que qualquer visão contrária deve ser absolutamente rejeitada. No caso dos Austríacos com caras feias e textos raivosos. No caso dos Marxistas quando possível a Sibéria ou o fuzilamento. Neste caso prefiro novamente a teoria Austríaca.
Um aspecto bom da visão mais ortodoxa é que sua concepção é mais científica. Existem hipóteses e modelos de trabalho, que são aproximações úteis para problemas complexos, que permitem obter conclusões limitadas e em alguns casos recomendações de política. O lado bom de ser um econometrista ou um economista mais empírico é perceber exatamente a limitação da sua ferramenta, e verificar que muitas vezes a aproximação é limitada, mas pode ser útil, e em muitos casos a aproximação é péssima e isto torna necessária uma teoria mais sofisticada.
Essa possibilidade de perceber as falhas da sua teoria impede esta visão religiosa que (a maioria, mas não todos) os Austríacos e Marxistas tem de sua teorias, que levam a estas posições radicais.
Eu acredito no indivíduo, e todo indivíduo tem falhas e limitações, e assim suas teorias também. Ainda mais em vista de um mundo que mudou incrivelmente desde a escrita destas obras.
O que gosto da economia ortodoxa, matemática e estatística, é que elas podem evoluir no tempo. Erros são achados e superados, e nisso se chega em uma teoria mais completa.
Um comentário particular foi a das bobagens que os economistas com PhD escrevem. Concordo que muitos PhDs escrevem bobagens colossais. Títulos não significam quase nada. O que importa é o estudo profundo dos problemas e da consistência das soluções. Estudar um problema, com o ferramental adequado, que em geral envolve matemática e estatística (testes de hipóteses) , permite avaliar se as hipóteses e recomendações de política fazem sentido. Esta é a força da visão ortodoxa econômica. Ter bons insigths, como a visão Austetríaca realmente possui, é importante, mas não é suficiente para uma teoria consistente.
(O texto foi sem revisão, então eu corrigo algum problema depois).
É claro que a visão austríaca/libertária nesse aspecto é completamente oposta a visão comunista que a violência, a luta de classes e o totalitarismo são meios válidos, e muito dos comentários que ele recebeu eram sobre isso. Mas como sempre houveram os comentários raivosos.
O grande problema, na minha visão, da teoria Austríaca é que seus seguidores acreditam que ela é capaz de explicar cada situação econômica, política e social possível. Isso seguindo textos escritos no século passado, por autores "sagrados". E não por acaso esta é a mesma visão que os Marxistas tem da obra de Marx. Sempre existe uma leitura perpicaz capaz de encontrar uma explicação para todos os problemas.
O problema é que qualquer visão contrária deve ser absolutamente rejeitada. No caso dos Austríacos com caras feias e textos raivosos. No caso dos Marxistas quando possível a Sibéria ou o fuzilamento. Neste caso prefiro novamente a teoria Austríaca.
Um aspecto bom da visão mais ortodoxa é que sua concepção é mais científica. Existem hipóteses e modelos de trabalho, que são aproximações úteis para problemas complexos, que permitem obter conclusões limitadas e em alguns casos recomendações de política. O lado bom de ser um econometrista ou um economista mais empírico é perceber exatamente a limitação da sua ferramenta, e verificar que muitas vezes a aproximação é limitada, mas pode ser útil, e em muitos casos a aproximação é péssima e isto torna necessária uma teoria mais sofisticada.
Essa possibilidade de perceber as falhas da sua teoria impede esta visão religiosa que (a maioria, mas não todos) os Austríacos e Marxistas tem de sua teorias, que levam a estas posições radicais.
Eu acredito no indivíduo, e todo indivíduo tem falhas e limitações, e assim suas teorias também. Ainda mais em vista de um mundo que mudou incrivelmente desde a escrita destas obras.
O que gosto da economia ortodoxa, matemática e estatística, é que elas podem evoluir no tempo. Erros são achados e superados, e nisso se chega em uma teoria mais completa.
Um comentário particular foi a das bobagens que os economistas com PhD escrevem. Concordo que muitos PhDs escrevem bobagens colossais. Títulos não significam quase nada. O que importa é o estudo profundo dos problemas e da consistência das soluções. Estudar um problema, com o ferramental adequado, que em geral envolve matemática e estatística (testes de hipóteses) , permite avaliar se as hipóteses e recomendações de política fazem sentido. Esta é a força da visão ortodoxa econômica. Ter bons insigths, como a visão Austetríaca realmente possui, é importante, mas não é suficiente para uma teoria consistente.
(O texto foi sem revisão, então eu corrigo algum problema depois).
Retorno a convergência
Um dos projetos de pesquisa que estou trabalhando tem relação com o estudo de convergência de renda, agora com variáveis de controle. Está um pouco relacionado com o artigo de kernel estocástico condicional.
Neste estou estimando regressões não-paramétricas multivariadas, e no de kernel eram densidades condicionais multivariadas. Neste caso a econometria é mais simples, mas é bastante interessante. Acho que também vai dar para usar algumas coisas do artigo que saiu no Economics Bulletin.
Neste estou estimando regressões não-paramétricas multivariadas, e no de kernel eram densidades condicionais multivariadas. Neste caso a econometria é mais simples, mas é bastante interessante. Acho que também vai dar para usar algumas coisas do artigo que saiu no Economics Bulletin.
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Estranho
Ainda não acostumei com a volta a rotina antiga. Parece estranho ficar aqui em São Paulo toda a semana, não ter que acordar de madrugada, poder estudar com mais calma em casa.
O mais estranho é poder pensar - "amanhã eu termino isso". Com os créditos cortando a semana, tudo ficava corrido demais. Não que agora eu esteja mais livre. Sempre acabo estudando os problemas mais complicados da pesquisa geral no Ibmec em casa. Acabo dando mais atenção aos estudos gerais e a minha pesquisa própria que antes, mas ter mais tranquilidade ajuda bastante.
Essa preparação para a qualificação é um estudo mais intenso ainda, já que agora fica bem mais claro aonde os artigos podem ser melhorados.
O mais estranho é poder pensar - "amanhã eu termino isso". Com os créditos cortando a semana, tudo ficava corrido demais. Não que agora eu esteja mais livre. Sempre acabo estudando os problemas mais complicados da pesquisa geral no Ibmec em casa. Acabo dando mais atenção aos estudos gerais e a minha pesquisa própria que antes, mas ter mais tranquilidade ajuda bastante.
Essa preparação para a qualificação é um estudo mais intenso ainda, já que agora fica bem mais claro aonde os artigos podem ser melhorados.
Formigas
Um dia que o trabalho valeu a pena. Bom, recentemente toda vez que digo isso acontece alguma coisa, e tudo dá um passo para trás.
Rodando um modelo muito mais complicado e tudo funciona perfeitamente de primeira, com o dobro de fatores latentes e muitos parâmetros adicionais.
Espero não comemorar antes da hora, mas acho que saem alguns resultados interessantes daí.
terça-feira, fevereiro 10, 2009
WALL-E
No final de semana assisti a animação WALL-E, da Disney-Pixar. Eu fico imaginando a tecnologia necessária para criar um visual tão fantástico. Eu realmente queria apertar a mão destes caras. Além disso a história tem a magia das velhas animações da Disney, e a estória é realmente bem construída. Já está no topo da lista dos melhores filmes de 2008.
Preparação
E para variar na correria de novo. Um monte de demandas de pesquisa internas, e as minhas pesquisas só no tempo livre. Os cálculos até que saem tranquilamente, mas sem tempo para sentar e escrever, que é o que me toma mais tempo.
Também dando uma estudada para a qualificação da tese. Embora os artigos estejam bem adiantados, fico pensando em possíveis alternativas e extensões. Em um dos modelos de estrutura a termo montei uma extensão para curvas de diversos países que parece bem interessente. Como o artigo original já está submetido a idéia é virar uma aplicação secundária e submeter logo.
Percebi que deixei alguns livros importantes de fora na lista de compras. Chegam rápido, mas não dará tempo de incorporar na qualificação.
Também dando uma estudada para a qualificação da tese. Embora os artigos estejam bem adiantados, fico pensando em possíveis alternativas e extensões. Em um dos modelos de estrutura a termo montei uma extensão para curvas de diversos países que parece bem interessente. Como o artigo original já está submetido a idéia é virar uma aplicação secundária e submeter logo.
Percebi que deixei alguns livros importantes de fora na lista de compras. Chegam rápido, mas não dará tempo de incorporar na qualificação.
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
De volta as aulas
Esta semana é a volta as aulas na graduação. De novo vou ministrar a optativa de econometria de finanças. Coloquei o programa abaixo.
Disciplina: Econometria e Finanças
Carga Horária: 80 horas (correspondem a aulas e atividades extra-classe)
Período Letivo: 2009/1
Professor: Márcio Poletti Laurini
OBJETIVO: O curso tem o objetivo de permitir ao aluno a implementação computacional das metodologias econométricas mais importantes utilizadas em Finanças, mostrando técnicas de fronteira na estimação de modelos em finanças e aplicações em precificação de ativos financeiros e gestão de risco. O foco do curso é a aplicação prática das metodologias estudadas em problemas de mercado.
EMENTA: O curso aborda os seguintes tópicos: Escolha de Portfólio. Estimação de CAPM e Modelos Multifatoriais. Modelos de Volatilidade Condicional Multivariados. Dados de Alta Freqüência. Value at Risk, Valores Extremos e Cópulas. Modelos para a Estrutura a Termo e Renda Fixa. Econometria de Derivativos. Volatilidade Implícita. Estimação de Processos em Tempo Contínuo. Precificação por Monte Carlo. Modelos Não-Paramétricos e aplicações em precificação.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1- Escolha de Portfólio e Modelos Fatoriais
2- Modelos de Volatilidade Condicional
3- Modelos Dinâmicos para Dados de Alta Freqüência
4- Value At Risk e Valores Extremos. Cópulas
5- Estimação de Processos em Tempo Contínuo
6- Econometria de Derivativos - Superfícies de Volatilidade
6- Modelos para Estrutura a Termo de Taxas de Juros e Renda Fixa.
7- Precificação por Monte Carlo
8- Modelos Não-Paramétricos
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
1. ZIVOT, E. e WANG. J. (2005). Modeling Financial Time Series With S-Plus, Second Edition . Springer.
2. GOURIEROUX, C. e MONFORT, A. (2001). Financial Econometrics. 2001 Princeton University Press.
3. CAMPBELL, J. , LO, A. e MACKINLAY, A. C. (1997). The Econometrics of Financial Markets. Princeton University Press.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
1. AIT-SAHALIA, Y. e HANSEN, L. P. (2007). Handbook Of Financial Econometrics. Elsevier.
2. MCNEIL,A. , FREY, R. e EMBRETCHTS, P. (2005). Quantitative Risk Management : Concepts, Techniques, and Tools. Princeton University Press
3. CHERUBINI, L. e VECCHIATO, W. (2005). Copula Methods in Finance. Wiley 2005.
Disciplina: Econometria e Finanças
Carga Horária: 80 horas (correspondem a aulas e atividades extra-classe)
Período Letivo: 2009/1
Professor: Márcio Poletti Laurini
OBJETIVO: O curso tem o objetivo de permitir ao aluno a implementação computacional das metodologias econométricas mais importantes utilizadas em Finanças, mostrando técnicas de fronteira na estimação de modelos em finanças e aplicações em precificação de ativos financeiros e gestão de risco. O foco do curso é a aplicação prática das metodologias estudadas em problemas de mercado.
EMENTA: O curso aborda os seguintes tópicos: Escolha de Portfólio. Estimação de CAPM e Modelos Multifatoriais. Modelos de Volatilidade Condicional Multivariados. Dados de Alta Freqüência. Value at Risk, Valores Extremos e Cópulas. Modelos para a Estrutura a Termo e Renda Fixa. Econometria de Derivativos. Volatilidade Implícita. Estimação de Processos em Tempo Contínuo. Precificação por Monte Carlo. Modelos Não-Paramétricos e aplicações em precificação.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1- Escolha de Portfólio e Modelos Fatoriais
2- Modelos de Volatilidade Condicional
3- Modelos Dinâmicos para Dados de Alta Freqüência
4- Value At Risk e Valores Extremos. Cópulas
5- Estimação de Processos em Tempo Contínuo
6- Econometria de Derivativos - Superfícies de Volatilidade
6- Modelos para Estrutura a Termo de Taxas de Juros e Renda Fixa.
7- Precificação por Monte Carlo
8- Modelos Não-Paramétricos
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
1. ZIVOT, E. e WANG. J. (2005). Modeling Financial Time Series With S-Plus, Second Edition . Springer.
2. GOURIEROUX, C. e MONFORT, A. (2001). Financial Econometrics. 2001 Princeton University Press.
3. CAMPBELL, J. , LO, A. e MACKINLAY, A. C. (1997). The Econometrics of Financial Markets. Princeton University Press.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
1. AIT-SAHALIA, Y. e HANSEN, L. P. (2007). Handbook Of Financial Econometrics. Elsevier.
2. MCNEIL,A. , FREY, R. e EMBRETCHTS, P. (2005). Quantitative Risk Management : Concepts, Techniques, and Tools. Princeton University Press
3. CHERUBINI, L. e VECCHIATO, W. (2005). Copula Methods in Finance. Wiley 2005.
sábado, fevereiro 07, 2009
Indescritível
Foi quase uma revelação. Conversando sobre pesquisadores brilhantes o Alberto me falou do matemático Terence Tao. As contribuições dele são absolutamente brilhantes, sobre cada aspecto possível. Na descrição da wikipedia:
Uma olhada na homepage dele dá uma noção da sua importância. E ele mantém várias páginas e um blog fantástico sobre pesquisa em matemática. Ele escreveu várias páginas sobre como escrever artigos, sobre carreira acadêmica, sobre como pesquisar.
Indescritível.
In 2006, at the 25th International Congress of Mathematicians in Madrid, he became one of the youngest, the first Australian, and the first UCLA faculty member ever to be awarded a Fields Medal. An article by New Scientist[13] writes of his ability:
“ | Such is Tao’s reputation that mathematicians now compete to interest him in their problems, and he is becoming a kind of Mr Fix-it for frustrated researchers. “If you're stuck on a problem, then one way out is to interest Terence Tao,” says Fefferman. |
Uma olhada na homepage dele dá uma noção da sua importância. E ele mantém várias páginas e um blog fantástico sobre pesquisa em matemática. Ele escreveu várias páginas sobre como escrever artigos, sobre carreira acadêmica, sobre como pesquisar.
Indescritível.
Nova leva
Nova leva de livros, com destaque para o livro do Rao. Uma coisa boa desta crise - os livros estão chegando muito rápido.
Novas Aquisições - Inferência em Semimartingales
Semimartingales and Their Statistical Inference. B. L. S. Prakasa Rao.
Estava discutindo como é complicado obter uma referência completa sobre estimação de processos em tempo contínuo. O livro do Rao é uma referência bastante ampla, mas não cobre muitos aspectos da teoria. No entanto aborda muitos pontos importantes, como verossimilhança assintótica.
Desta leva sem dúvida é o livro mais importante, já que deve ser usado para ajudar a fechar o último artigo da tese.
Estava discutindo como é complicado obter uma referência completa sobre estimação de processos em tempo contínuo. O livro do Rao é uma referência bastante ampla, mas não cobre muitos aspectos da teoria. No entanto aborda muitos pontos importantes, como verossimilhança assintótica.
Desta leva sem dúvida é o livro mais importante, já que deve ser usado para ajudar a fechar o último artigo da tese.
Model Selection and Model Averaging. Gerda Claeskens and Nils Lid Hjort
Um tema clássico (model selection) e um tema mais novo com muitas aplicações interessantes (model averaging). Talvez o tema que mais me interesse seja seleção de modelos em amostras muito grandes, como meus dados de alta frequência.
Mais um ótimo livro desta coleção da Cambridge.
Resultados
Vi hoje que meu bom amigo Erik recebeu o primeiro parecer de um artigo depois de um ano e meio de espera. Acho que essa é a pior parte de pesquisar em economia. Os pareceres que demoram uma eternidade para chegar.
Em algumas situações faz sentido que um parecer demore. Por exemplo em um artigo teórico o parecerista pode refazer algumas contas para checar se elas estão corretas, e em algumas situações isso pode ser algo bastante complicado.
Mas na grande maioria dos casos os pareceres que mais demoram são os mais triviais, aqueles que poderiam ser feitos em uma tarde. Estou esperando a quase um ano o resultado de uma revisão de artigo, aonde o parecerista só pediu para que eu encurtasse o texto de uma seção e aumentasse as conclusões. Nesse caso é uma revista internacional. Já mandei alguns emails cobrando a situação do artigo, e a resposta é que o parecerista não responde. Já estou cogitando seriamente retirar a submissão e começar tudo de novo em outra revista.
Em algumas situações faz sentido que um parecer demore. Por exemplo em um artigo teórico o parecerista pode refazer algumas contas para checar se elas estão corretas, e em algumas situações isso pode ser algo bastante complicado.
Mas na grande maioria dos casos os pareceres que mais demoram são os mais triviais, aqueles que poderiam ser feitos em uma tarde. Estou esperando a quase um ano o resultado de uma revisão de artigo, aonde o parecerista só pediu para que eu encurtasse o texto de uma seção e aumentasse as conclusões. Nesse caso é uma revista internacional. Já mandei alguns emails cobrando a situação do artigo, e a resposta é que o parecerista não responde. Já estou cogitando seriamente retirar a submissão e começar tudo de novo em outra revista.
Reflexões
Melhor ser um bom roadie do que um músico medíocre. No final do dia você terá curtido boa música.
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
Falando sobre pesquisa
Nesse começo de ano foram contratados uma série de novos professores pesquisadores no Ibmec. Com certeza foram excelentes contratações, e alguns chegam já com publicações excepcionais, top de área, e o mais importante, dedicação sincera a pesquisa. Caras que definem a fronteira.
Com certeza este já é o ano que já tive as melhores conversas sobre pesquisa, e olha que o ano está mal começando. O mais engraçado é que as personalidades são totalmente diferentes, e talvez isso seja a melhor parte. Realmente estou bem empolgado.
Não existe nada mais valioso que poder conviver com pessoas assim.
Com certeza este já é o ano que já tive as melhores conversas sobre pesquisa, e olha que o ano está mal começando. O mais engraçado é que as personalidades são totalmente diferentes, e talvez isso seja a melhor parte. Realmente estou bem empolgado.
Não existe nada mais valioso que poder conviver com pessoas assim.
O mais importante
Acho que na maioria das vezes o processo é mais importante que o resultado.
Uma das situações que estava em aberto ficou basicamente resolvida hoje. Não foi o melhor resultado, mas estava dentro do esperado, e quanto isso tudo ótimo, e pelo que vi um resultado bastante justo.
Os almoços e os papos já valeram, e foi divertido participar. Ter participado já foi uma honra.
Uma das situações que estava em aberto ficou basicamente resolvida hoje. Não foi o melhor resultado, mas estava dentro do esperado, e quanto isso tudo ótimo, e pelo que vi um resultado bastante justo.
Os almoços e os papos já valeram, e foi divertido participar. Ter participado já foi uma honra.
Boemia
Meu bom e talentoso amigo Fábio lançou uma revista. Não é journal acadêmico não, trata de temas mais agradáveis.
http://www.revistaboemia.com.br
Uma revista que tem o Doutor Sócrates como colunista só pode dar certo.
http://www.revistaboemia.com.br
Uma revista que tem o Doutor Sócrates como colunista só pode dar certo.
terça-feira, fevereiro 03, 2009
Fenômenos paranormais no Repec
Fenômenos paranormais no ranking Repec de pesquisa em economia no Brasil de Janeiro de 2009.
http://ideas.repec.org/top/top.brazil.html
ps - para quem não percebeu o fenômeno é o Jean-Jacques Laffont † dando aula na UFMG e o Faruk Selcuk † dando aula no Mackenzie e na Unicamp.
p.s 2 - já foi arrumado.
http://ideas.repec.org/top/top.brazil.html
ps - para quem não percebeu o fenômeno é o Jean-Jacques Laffont † dando aula na UFMG e o Faruk Selcuk † dando aula no Mackenzie e na Unicamp.
p.s 2 - já foi arrumado.
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
Bayesian Theory
Comecei a ler no final de semana o Bayesian Theory, do Bernardo e Smith. Me arrependo por não ter comprado ele antes, muito antes. Achei as referências de um teorema que eu estava procurando faz muito tempo. A discussão é excepcional, e a revisão da teoria bayesiana é impressionante. Ele acabou despertando meu interesse para outro livro de teoria bayesiana (Elements of Bayesian Statistics, Florens e Mouchard), mas esse fica para depois. Esse mês tem demandas mais urgentes.