O objetivo não é esse mesmo?
Mais duas colocações do Selva:
"Como dito antes, o perigo das idéias em finanças é que elas são prescritivas, não apenas causaram mudanças nas práticas do mercado financeiro, com a criação de novos produtos e serviços, mas também condicionaram o comportamento dos investidores. Essa é a tese de Donald MacKenzie, no seu livro An Engine, Not a Camera: How Financial Models Shape Markets."
Poxa, esse argumento foi melhor ainda que os meus. Apenas mostra que as técnicas de precificação e gestão de risco desenvolvidas em finanças são efetivamente úteis. Se eu tenho uma fórmula para precificar um instrumento de uma forma mais eficiente, porque não usar? O disseminação dos modelos matemáticos no mercado é apenas uma prova da sua validade, do seu sucesso (se fosse uma picaretagem não seria usada sistematicamente, isso é bastante óbvio. Mas em alguns casos a fórmula matemática apenas formalizou um algoritmo já usado no mercado. Por exemplo a fórmula de Black-Scholes é uma formalização de uma metodologia já existente derivada pelo Edward Thorp. Modelos matemáticos são especialmente úteis para precificar instrumentos complexos, aonde regras simples de trading não permitem uma precificação simples, ou então em mercados pouco líquidos aonde é complicado realizar marcação à mercado. Se eu pago (um salário elevado, e como eu coloquei o salário reflete a produtividade marginal ) para um analista desenvolver modelos de precificação, eu espero que ele faça isso.
Na própria leitura da premiação do Nobel do Scholes e do Merton, um dos temas citados é que os modelos desenvolvidos foram adotados de forma disseminada e ajudaram a criar novos mercado.
(nota - a tese do MacKenzie sobre o LTCM é bastante similar a que o Andrew Lo usa para explicar os retornos anormais dos hedge funds - What Happened To The Quants In August 2007? )
O outro exemplo sobre a opinião do Friedman sobre o Markowitz está num livro que serve justamente para celebrar o sucesso da teoria de finanças. (Um livro bastante interessante, e recomendo a leitura). Boas idéias nem sempre são aceitas, principalmente quando são inovadoras. Isso é meio óbvio também. Uma citação que eu gosto, um pouco relacionada é do Ariel Rubistein:
"A paper in Economics which is not rejected should not be published".
A leitura é que um paper que não é rejeitado não contém nada de novo, nada de original. A a idéia do Markowitz era bastante original - como montar uma carteira ótima sob um algum critério (no caso média-variância, algo bastante limitado). Algo que ninguém havia feito antes.
"Como dito antes, o perigo das idéias em finanças é que elas são prescritivas, não apenas causaram mudanças nas práticas do mercado financeiro, com a criação de novos produtos e serviços, mas também condicionaram o comportamento dos investidores. Essa é a tese de Donald MacKenzie, no seu livro An Engine, Not a Camera: How Financial Models Shape Markets."
Poxa, esse argumento foi melhor ainda que os meus. Apenas mostra que as técnicas de precificação e gestão de risco desenvolvidas em finanças são efetivamente úteis. Se eu tenho uma fórmula para precificar um instrumento de uma forma mais eficiente, porque não usar? O disseminação dos modelos matemáticos no mercado é apenas uma prova da sua validade, do seu sucesso (se fosse uma picaretagem não seria usada sistematicamente, isso é bastante óbvio. Mas em alguns casos a fórmula matemática apenas formalizou um algoritmo já usado no mercado. Por exemplo a fórmula de Black-Scholes é uma formalização de uma metodologia já existente derivada pelo Edward Thorp. Modelos matemáticos são especialmente úteis para precificar instrumentos complexos, aonde regras simples de trading não permitem uma precificação simples, ou então em mercados pouco líquidos aonde é complicado realizar marcação à mercado. Se eu pago (um salário elevado, e como eu coloquei o salário reflete a produtividade marginal ) para um analista desenvolver modelos de precificação, eu espero que ele faça isso.
Na própria leitura da premiação do Nobel do Scholes e do Merton, um dos temas citados é que os modelos desenvolvidos foram adotados de forma disseminada e ajudaram a criar novos mercado.
(nota - a tese do MacKenzie sobre o LTCM é bastante similar a que o Andrew Lo usa para explicar os retornos anormais dos hedge funds - What Happened To The Quants In August 2007? )
O outro exemplo sobre a opinião do Friedman sobre o Markowitz está num livro que serve justamente para celebrar o sucesso da teoria de finanças. (Um livro bastante interessante, e recomendo a leitura). Boas idéias nem sempre são aceitas, principalmente quando são inovadoras. Isso é meio óbvio também. Uma citação que eu gosto, um pouco relacionada é do Ariel Rubistein:
"A paper in Economics which is not rejected should not be published".
A leitura é que um paper que não é rejeitado não contém nada de novo, nada de original. A a idéia do Markowitz era bastante original - como montar uma carteira ótima sob um algum critério (no caso média-variância, algo bastante limitado). Algo que ninguém havia feito antes.
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