Um discurso imaginário
Trecho do livro "Deus o Abençoe, Dr. Kevorkian" de Kurt Vonnegut. O diálogo é uma conversa imaginária entre Vonnegut (na época vivo), e Isaav Asimov (não mais vivo):
"Perguntei se ainda estava escrevendo e ele disse:
-Escrevo o tempo todo! Se não pudesse escrever sempre, para mim seria o inferno. A Terra teria sido infernal para mim se eu não pudesse escrever o tempo todo. Seria capaz de suportar o próprio inferno, desde que pudesse escrever o tempo todo.
-Felizmente não existe inferno -disse eu.
-Foi um prazer conversar com você - disse ele -, mas preciso voltar ao meu trabalho; seis volumes sobre a crença estafúrdia na vida após a morte.
-Eu, por mim, preferia dormir - eu disse.
-Você falou como um verdadeiro humanista - disse ele, cada vez mais nervoso.
-Mais uma pergunta - supliquei - A que você atribui sua incrível produtividade?
Isaac Asimoc respondeu com uma única palavra.
-Fuga
Em seguida, acrescentou uma famosa frase do escritor francês Jean-Paul Sartre, igualmente prolífico:
-O inferno são os outros."
"Perguntei se ainda estava escrevendo e ele disse:
-Escrevo o tempo todo! Se não pudesse escrever sempre, para mim seria o inferno. A Terra teria sido infernal para mim se eu não pudesse escrever o tempo todo. Seria capaz de suportar o próprio inferno, desde que pudesse escrever o tempo todo.
-Felizmente não existe inferno -disse eu.
-Foi um prazer conversar com você - disse ele -, mas preciso voltar ao meu trabalho; seis volumes sobre a crença estafúrdia na vida após a morte.
-Eu, por mim, preferia dormir - eu disse.
-Você falou como um verdadeiro humanista - disse ele, cada vez mais nervoso.
-Mais uma pergunta - supliquei - A que você atribui sua incrível produtividade?
Isaac Asimoc respondeu com uma única palavra.
-Fuga
Em seguida, acrescentou uma famosa frase do escritor francês Jean-Paul Sartre, igualmente prolífico:
-O inferno são os outros."
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