segunda-feira, março 11, 2013

Ciência sem Fronteiras

Embora eu ache que o Ciência sem Fronteiras seja uma iniciativa interessante, até agora a implementação parece muito distante do ideal. Um primeiro problema é a dificuldade com a lingua estrangeira, como discutida nessa matéria do Estado de São Paulo.  Mas acho que ainda mais importante é a fraquíssima formação analítica e matemática dos alunos brasileiros. Acho bastante difícil um aluno regular brasileiro conseguir acompanhar o nível matemático de um curso de engenharia na França por exemplo.
Com essas limitações, é bastante provável que a escolha dos alunos seja por cursos "soft", e não para os cursos cuja formação seria realmente importante e que representariam transmissão real de conhecimento.

Lendo a matéria do Estadão foi um prazer saber que o  atual ministro da Educação e Ciência de Portugal é o renomado estatístico Nuno Crato, com importantes contribuições em análise de Séries Temporais e outras áreas de estatística.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Professor, boa noite!

A respeito desse comentário...

"Mas acho que ainda mais importante é a fraquíssima formação analítica e matemática dos alunos brasileiros."

Eu penso que isso é reflexo do que está sendo ensinado pela própria academia.

Eu vejo os professores brasileiros usando métodos usados lá fora para um contexto diferente, e isso não tem como dar certo.

Além do mais, dependendo da sua formação você simplesmente não consegue entrar em um programa de mestrado por exemplo...

Eu penso que os programas em hard sciences aqui no Brasil estão com problemas em captar as melhores pessoas, pois, até por questões estatísticas não penso que por exemplo os Suecos sejam melhores que nós, mas sim que estamos captando as pessoas erradas.

Abraços!

Flavio

7:30 PM  

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