Quase um milagre II (e alguns comentários).
Depois de um bom tempo consigo assistir um bom show. Ontem vi uma apresentação do Blues The Ville, uma ótima banda de São Carlos.
Acho que a maioria dos bons shows que vi aqui no interior foram em São Carlos ou com bandas de lá. Lendários shows no Caaso. Sempre fiquei admirado por São Carlos ser uma cidade universitária de verdade , com boas consequências como esta oferta de boa música.
O contraste está aqui em Araraquara. Mesmo tendo uma universidade estadual grande (Unesp) e várias universidades privadas, aqui os shows sempre foram do mesmo lixo - pagode, pop rock, reggae, e um doloroso etc segue.
Uma explicação é o fato que os cursos de São Carlos são em sua maioria de exatas na Usp e na Ufscar. Física, Matemática, vários bons cursos de engenharia. O pessoal de exatas sempre teve uma cultura geral bem, bem maior que o pessoal de humanas. Lembro dos vários bons papos sobre música que tive no breve tempo que estudei em São Carlos. A primeira vez que ouvi Frank Zappa foi em uma república do pessoal da Física.
Com o pessoal de humanas, com especial destaque para o povo de economia, sempre notei que o intelectualismo tosco sempre vigorava. Aquele papo furado de que só podíamos ouvir mpb ou forró, já que as demais músicas eram imperialistas (juro que já me falaram isso). Com literatura a mesma sequência de bobagens. Talvez parte da explicação esteja na influência esquerdista-marxista tosca nesses cursos.
Mas acho que existe um problema grave de simultaneidade nesta explicação. Acho que este esquerdismo de botequim só prospera pelo fato que as pessoas que vão para estes cursos já tem uma predisposição para admirar o lixo, para aceitar sem pensar.
Lógico que existem notáveis excessões. Como o conhecimento enciclopédico de boa música e boa literatura do meu nobre amigo Cristiano. E também existem pessoas de esquerda com um conhecimento excepcional de boa literatura e música, fora das listas obrigatórias (ainda escrevo sobre as listas obrigatórias dos intelectuais). Mas o vácuo é quase completo.
Acho que a maioria dos bons shows que vi aqui no interior foram em São Carlos ou com bandas de lá. Lendários shows no Caaso. Sempre fiquei admirado por São Carlos ser uma cidade universitária de verdade , com boas consequências como esta oferta de boa música.
O contraste está aqui em Araraquara. Mesmo tendo uma universidade estadual grande (Unesp) e várias universidades privadas, aqui os shows sempre foram do mesmo lixo - pagode, pop rock, reggae, e um doloroso etc segue.
Uma explicação é o fato que os cursos de São Carlos são em sua maioria de exatas na Usp e na Ufscar. Física, Matemática, vários bons cursos de engenharia. O pessoal de exatas sempre teve uma cultura geral bem, bem maior que o pessoal de humanas. Lembro dos vários bons papos sobre música que tive no breve tempo que estudei em São Carlos. A primeira vez que ouvi Frank Zappa foi em uma república do pessoal da Física.
Com o pessoal de humanas, com especial destaque para o povo de economia, sempre notei que o intelectualismo tosco sempre vigorava. Aquele papo furado de que só podíamos ouvir mpb ou forró, já que as demais músicas eram imperialistas (juro que já me falaram isso). Com literatura a mesma sequência de bobagens. Talvez parte da explicação esteja na influência esquerdista-marxista tosca nesses cursos.
Mas acho que existe um problema grave de simultaneidade nesta explicação. Acho que este esquerdismo de botequim só prospera pelo fato que as pessoas que vão para estes cursos já tem uma predisposição para admirar o lixo, para aceitar sem pensar.
Lógico que existem notáveis excessões. Como o conhecimento enciclopédico de boa música e boa literatura do meu nobre amigo Cristiano. E também existem pessoas de esquerda com um conhecimento excepcional de boa literatura e música, fora das listas obrigatórias (ainda escrevo sobre as listas obrigatórias dos intelectuais). Mas o vácuo é quase completo.
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